terça-feira, 31 de julho de 2018

BELÉM SONORA #2

SIRENE DO COMÉRCIO

Os dois primeiros marcos sonoros que me propus a pesquisar, por se tratarem de dois sons históricos, sinalizadores e pontuais no cotidiano belenense, foram os Sinos da Basílica de Nazaré e a sirene do comérco, que ficava no prédio onde funcionou o jornal O Liberal e, antes, o jornal Folha do Norte. No dia 12 de junho saí em busca da sirene, que para minha surpresa, já não mais soava. Porém, possuo um registro desta sirene gravado em julho de 2007, restou-me ir atrás de sua história, para tanto, precisei, primeiramente, da história do prédio. O prédio foi erguido em 1895, é uma construção do engenheiro Francisco Bolonha e tombado pelo patrimônio histórico desde a segunda metade da década de 1980.
Vista do prédio pela Av. Castilhos França. A sirene ficava na torre.
Foto: Walter Gomes Jr. em julho de 2019
A história do objeto sonoro em questão parece ser tão antiga quanto o edifício onde ele foi instalado. Em busca da sua história, consegui encontrar referência a seu respeito da década de 1920.
A pressão sonora desta sirene era muito forte, chegando a ser ouvida em bairros próximos como a Cidade Velha. A sirene também era tocada no dia da procissão do Círio de Nazaré, como homenagem do jornal à Santa, quando a berlinda passava nas alturas do prédio.
O grito da sirene entoava a nota si4 por aproximadamente 01’20” sem qualquer pausa. Iniciava em um glissando crescendo e terminava em glissando descendente.
Atualmente, em Belém, o uso de sirenes se restringe a veículos de bombeiros, polícias e ambulâncias, além de escolas, que usam outros tipos de sirenes, com menor pressão sonora. 
Vista do prédio e sua entrada, pela Rua Gaspar Viana
 esquina com Trav. 1° de Março
Foto: André Macleuri


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